terça-feira, 17 de maio de 2011



Amor maternal
Amor que antes de o ser, já o era
Primeiro que desejado, sentido
Nasceu das profundezas do ser
Hibernou no coração de mulher
Amor maior que o universo
Sem passado nem futuro temporal
Amor que gera amor
Fruto sublime de um sentir
Desejo de um viver e morrer
União perene de dois seres
Coração e mente em sintonia
Elevação comum sem o ser
Amor com cores de arco-íris
Sensibilidade de pétala de rosa
Olfacto de perfume deleitoso
Caminho nunca antes percorrido
Vaga ondulante que recebe e dá
Entrega-se na plenitude e se espraia
Amor de alegrias e tristezas
Numa vida que não termina
O sofrimento caldeia a sede
Em turbilhões de ansiedade
Ausência não representa perca
Significa apenas saudade
Amor que dizem ser sentimento
Entrelaça quem o deseja
Aumenta o elo sagrado
Desde dois ao infinito
Qual areia do deserto
Como fogo que queima a alma
Amor que adere suavemente
Macio como algodão em rama
Leve como plumas a esvoaçar
Forte como um abraço
Daqueles que querem amar
Olhando apenas o espaço
Amor que não tem palavras
Apenas gestos, afectos e olhares
Enlevo de um ser que se absorve
Que se esquece de si próprio
Estende as mãos e diz
Anda, contigo sou feliz

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